Os principais ciclos econômicos da história brasileira seguiram um modelo obsoleto e predatório de crescimento por expansão territorial e desmatamento. Esse modelo esteve presente da exploração do pau-brasil até a industrialização das cidades, começando pelo litoral e acabando com quase 90% da área original da Mata Atlântica.
A floresta nativa agora precisa ser recuperada, para proteger a riqueza de vida e importantes serviços ambientais, como a regulação do clima e purificação do ar.
O Brasil assumiu compromissos internacionais de recuperação das florestas, aderiu ao Desafio de Bonn e à Iniciativa 20×20. No Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, incluiu como meta restaurar 12 milhões de hectares de florestas e implementar 5 milhões de hectares de sistemas com integração entre lavoura, pecuária e floresta, até 2030, além de recuperar mais de 5 milhões de pastagens degradadas até 2020. Com apenas 24% de cobertura florestal, a Mata Atlântica é o bioma que mais deve ser beneficiado por esta meta de restauração.
Alinhado a estes compromissos internacionais e cientes de que a Mata Atlântica é o bioma com o maior potencial de contribuição para o alcance das metas propostas, a SOS Mata Atlântica tem reforçado sua atuação e buscado resultados cada vez maiores para a recuperação das florestas. Em 2021, durante a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP-26), propusemos um r
elatório com contribuições à meta climática brasileira demonstrando que, por exemplo, a produção agropecuária na Mata Atlântica pode se tornar neutra em emissões de carbono se ações forem tomadas imediatamente.