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Observando os Rios

Programa de monitoramento da qualidade da água
nas bacias hidrográficas da Mata Atlântica

O Observando os Rios é um dos mais longevos programas de mobilização, ciência cidadã e educação ambiental do Brasil. Ele marca o início da atuação da SOS Mata Atlântica na causa Água Limpa.

Atualmente, conta com cerca de 2 mil voluntários que se comprometem a fazer análises frequentes em mais de 110 rios e corpos d´água inseridos no bioma da Mata Atlântica, em 14 estados, a partir da metodologia do Índice de Qualidade da Água (IQA).

A iniciativa é aberta à população, que pode participar dos grupos de monitoramento já existentes ou ajudar a criar novos grupos em rios próximos a escolas, igrejas e outros centros comunitários. O monitoramento das águas é realizado com um kit desenvolvido pela SOS Mata Atlântica. Os grupos fazem a medição uma vez por mês e enviam os resultados pela internet.

O Observando os Rios tem patrocínio da Ypê e da Inditex, além de apoio da Águia Branca, da Fundação Sol de Janeiro e do Grupo Heineken.

Bacias hidrográficas da Mata Atlântica


A água não reconhece as divisões político administrativas dos países, estados e cidades. Ela segue o ciclo hidrológico, por isso, para sua gestão em um país de dimensões continentais e mega diverso como o Brasil, a unidade de planejamento adotada como base da Política Nacional de Recursos Hídricos é a Região Hidrográfica.

A Divisão Hidrográfica Nacional, instituída pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), estabeleceu para a gestão da água 12 Regiões Hidrográficas brasileiras para melhor atender às características socioambientais, culturais e econômicas.

As Regiões Hidrográficas, segundo a resolução do CNRH, são bacias, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas próximas, com características naturais, sociais e econômicas similares. Esse critério de divisão das regiões visa orientar o planejamento e o gerenciamento dos recursos hídricos em todo o país.

A Mata Atlântica, bioma que abrange uma área equivalente a 1.315.460 km² ao longo de 17 estados do Brasil, possui nove Regiões Hidrográficas, sendo que o Observando os Rios atua em oito delas.
A composição original da Mata Atlântica é um mosaico de vegetações definidas como: florestas ombrófilas densas, abertas e mistas; florestas estacionais deciduais e semideciduais; campos de altitude, mangues e restingas.

Declarada Reserva da Biosfera pela Unesco e Patrimônio Nacional na Constituição Federal de 1988, a Mata Atlântica é responsável pela manutenção do ciclo hidrológico, do clima e de uma enorme diversidade de espécies, além de ser provedora de serviços e recursos ecossistêmicos essenciais ao equilíbrio da vida de mais de 70% dos brasileiros que vivem na área do bioma.

Apesar de sua vital importância, restam apenas 24% de remanescentes florestais de sua área original, segundo dados do MapBiomas. Isso evidencia a fragilidade do bioma em manter seus serviços ecossistêmicos. O desmatamento e a perda de grandes áreas de floresta nativa agravam os problemas de disponibilidade, escassez e qualidade da água, por isso sua conservação e restauração são fundamentais para a gestão desse recurso.
Os dados do Índice de Qualidade da Água (IQA) reunidos em nossos relatórios foram elaborados com base na legislação vigente e em seus respectivos protocolos de coleta e medição, utilizando a Metodologia de Monitoramento por Percepção da Qualidade da Água, especialmente elaborada para a Fundação SOS Mata Atlântica por Samuel Murgel Branco, Ben-Hur Luttembarck Batalha e Aristides Almeida Rocha.

Desde 1993, essa metodologia vem sendo aplicada e aprimorada pelo programa Observando os Rios, com o objetivo de proporcionar condições e instrumentos para que a sociedade compreenda e identifique os fatores que interferem na qualidade da água e, dessa forma, possa se engajar na gestão participativa da água e do meio ambiente.

Os parâmetros do IQA foram escolhidos por especialistas e técnicos como os mais relevantes para avaliação das águas doces brutas destinadas ao abastecimento público e aos usos múltiplos. A totalização dos indicadores medidos resulta na classificação da qualidade da água, em uma escala que varia entre: ótima, boa, regular, ruim e péssima.
O IQA, adaptado do índice desenvolvido pela National Sanitation  Foundation, dos Estados Unidos, é obtido por meio da soma de parâmetros físicos, químicos e biológicos encontrados nas amostras de água.

Esse índice começou a ser utilizado no Brasil, em 1974, pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), para avaliar a condição ambiental das águas doces superficiais no estado. Nas décadas seguintes, outros estados brasileiros adotaram o IQA, que até hoje representa a principal metodologia de análise de qualidade da água utilizada no país. 

A metodologia do Observando os Rios agrega aos indicadores físicos, químicos e biológicos, parâmetros de percepção que permitem que a sociedade realize o levantamento, de acordo com a legislação vigente, utilizando 16 parâmetros do IQA: temperatura da água, temperatura do ambiente, turbidez, espumas, lixo flutuante, odor, material sedimentável, peixes, larvas e vermes vermelhos, larvas e vermes escuros e transparentes, coliformes totais e fecais (termotolerantes), oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), potencial hidrogeniônico (pH), fosfato (PO4) e nitrato (NO3).
Os limites definidos na legislação vigente para os parâmetros que compõem o IQA variam de acordo com a classe do corpo d’água. Cada classe é definida com base no uso preponderante da água e no grau de restrição ou permissão de lançamento e de concentração de substâncias nela presentes. 

No Brasil, esses padrões variam de acordo com a classificação das águas interiores, fixada na Resolução CONAMA 357/2005.
(Os limites de fósforo variam nas Classes 2 e 3 para águas de ambientes lênticos, intermediários e lóticos. As concentrações máximas de coliformes termotolerantes também variam na Classe 3, de acordo com o uso. Para recreação de contato secundário, não deverá ser excedido o limite de 2.500; para dessedentação de animais criados confinados, não deverá ser excedido o limite de 1.000 e, para os demais usos, não deverá ser excedido o limite de 4.000 coliformes termotolerantes. Fonte.)

Quer aprender?

Oferecemos, em parceria com a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), um curso online sobre o IQA, voltado para voluntárias e voluntários do Observando os Rios e demais interessados no tema.
O relatório mais recente, lançado em março de 2025, reúne os resultados das análises feitas entre janeiro e dezembro de 2024, que indicam uma estagnação na qualidade da água dos rios da Mata Atlântica monitorados, sem avanços significativos.

Ao longo do ano, foram realizadas 1.160 análises em 145 pontos de coleta, distribuídos em 112 rios e corpos d’água, abrangendo 67 municípios de 14 estados da Mata Atlântica. No total, 111 grupos voluntários participaram do levantamento. Os resultados apontam que:

  • 11 pontos (7,6%) apresentaram qualidade boa;
  • 109 (75,2%) ficaram na categoria regular;
  • 20 (13,8%) foram classificados como ruins;
  • 5 (3,4%) atingiram a pior classificação, péssima.

Mais uma vez, nenhum ponto registrou qualidade ótima.

Apesar desse cenário preocupante, 83,8% dos pontos analisados ainda possuem condições para usos múltiplos da água, como agricultura, indústria, abastecimento humano, dessedentação animal, lazer e esportes.

Ao comparar os dados de 127 pontos monitorados tanto em 2023 quanto em 2024, observa-se uma leve piora na média da qualidade da água:

  • 11 pontos foram classificados como bons (contra 10, em 2023);
  • 96 mantiveram-se regulares (eram 101 no ano anterior);
  • 16 foram considerados ruins (12, em 2023);
  • 4 permaneceram péssimos, nos mesmos locais do ano anterior, incluindo o rio Pinheiros, na cidade de São Paulo (SP), e o ribeirão dos Meninos, em São Caetano do Sul (SP).
Os resultados dos monitoramentos de 2024 evidenciam que a situação dos rios da Mata Atlântica ainda está longe da ideal: menos de 10% dos pontos analisados possuem qualidade boa e nenhum alcança o nível ótimo.

O alerta sobre a fragilidade ambiental dos rios da Mata Atlântica permanece. A predominância da qualidade regular (75,2% dos pontos) exige atenção redobrada de gestores públicos e da sociedade. Em um cenário de emergência climática, a degradação dos recursos hídricos é um fator crítico, pois poluir um rio é infinitamente mais rápido do que recuperá-lo. Nossos rios estão por um triz – e a urgência de ações efetivas nunca foi tão grande.

Ou baixe os dados e o relatório:

Tudo começou da década de 1990, com a aparição de um jacaré na escura e contaminada água do rio Tietê, na capital paulista. 

O Teimoso, nome dado ao jacaré-de-papo-amarelo que virou símbolo na luta pela despoluição do principal rio do estado de São Paulo, apareceu em diversos pontos do rio Tietê e do rio Pinheiros, onde foi resgatado. 

O trabalho das equipes de resgate, principalmente do Corpo de Bombeiros, e a persistência de sobreviver em águas tão degradadas, rendeu ao jacaré o apelido de Teimoso. Foram mais de dois meses tentando retirar o réptil do trecho urbano do rio e até hoje é um mistério como ele foi parar lá na capital, mas o fato é que Teimoso foi o grande agente mobilizador da sociedade em prol da despoluição do maior rio paulista.

O jacaré despertou nas pessoas que conviveram com o rio, na primeira metade do século XX, o desejo de retornar a ter o Tietê vivo. Ao mesmo tempo, trouxe para aqueles que não tiveram essa oportunidade, o desejo de que o rio fosse reintegrado à vida urbana da principal cidade do país. Tornou-se fator aglutinador da sociedade em prol da despoluição de nossos rios em um tempo em que o tema Água Limpa ainda não fazia parte das preocupações da maioria das pessoas, principalmente porque havia a falsa ideia de abundância de água e de que ela não faltaria, ainda que a degradação e poluição dos principais rios do país já fossem visíveis e sentidas.

Também virou pauta na imprensa, quando o grupo jornalístico O Estado de S. Paulo, que havia recém-inaugurado uma estação de rádio, a Rádio Eldorado AM, que na época tinha parceria com a BBC de Londres. As equipes das duas emissoras tiveram a ideia de fazer um programa comparando os rios Tietê e Tâmisa, com um repórter em Londres e outro em São Paulo, trocando considerações ao vivo sobre a situação dos dois rios. A sugestão de comparação com o Tâmisa se deu porque esse rio também sofreu enormes desafios quanto à sua condição, chegando a ser conhecido como o ‘grande fedor de Londres’, e teve seu curso despoluído durante um trabalho que durou mais de 70 anos, ao longo do século XX. 

Somada a aparição do jacaré com o programa de rádio, concomitantemente ocorreu uma iniciativa do SESC São Paulo, que realizou um projeto chamado Parceiros do Tietê e mobilizou urbanistas, publicitários, ambientalistas, dentre outros, para pensarem soluções para o rio. Também conhecidos artistas se mobilizaram para cantar em prol do principal rio do estado de São Paulo, como Elba Ramalho, Zizi Possi, Sá e Guarabira, Itamar Assumpção e Arrigo Barnabé, entre outros. Estava formado o ambiente para uma grande mobilização em prol da despoluição do Tietê.

A equipe da Rádio Eldorado, depois de receber uma enxurrada de cartas e telefonemas de pessoas querendo a despoluição do Tietê, procurou a também recém-criada Fundação SOS Mata Atlântica, que tinha apenas cinco anos de existência em 1991 e juntas criaram o Núcleo União Pró-Tietê, uma iniciativa que visava mobilizar a sociedade em prol dos Rios da Mata Atlântica. Inicialmente, foi feito um concurso para a criação da logomarca da campanha e o logo escolhido foi o do artista plástico Gustavo Rosa. A ideia do Núcleo União Pró-Tietê era coletar um milhão de assinaturas em prol da despoluição do Tietê, numa época em que a assinatura era física e ainda não existiam as petições eletrônicas por meio da internet, portanto um enorme desafio. No entanto, isso foi superado em 20%, coletando-se, então, 1,2 milhão de assinaturas. 

O momento era muito propício para uma mobilização com causa socioambiental, como é o caso da despoluição de um rio, já que o investimento em saneamento básico reflete na melhoria da vida das pessoas, na saúde da população e na economia local. Era começo da década de 1990 e o Brasil, mais precisamente a cidade do Rio de Janeiro, iria sediar a maior conferência sobre o meio ambiente até então realizada, a ECO-92 ou RIO-92. Nesse evento, foi entregue ao então governador de São Paulo, Luiz Antônio Fleury Filho, o abaixo-assinado exigindo as obras de despoluição do Tietê. 

Com essa pressão popular, o governo do estado de São Paulo, através da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo), lançou o Projeto de Despoluição do Tietê, trabalho que ocorre até hoje e que já dotou milhões de pessoas com acesso à coleta e tratamento de esgoto. 

A CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) identificou e autuou, num primeiro momento, grandes empresas geradoras de efluentes que poluíam o rio, e foram iniciadas construções de grandes estações de tratamento de esgoto (ETEs). Atualmente, o Projeto Tietê encontra-se em sua quarta etapa, que resultou em um salto no tratamento de esgoto de 15% da população atendida, para 75%, na bacia hidrográfica do Alto Tietê, que corresponde basicamente à Região Metropolitana de São Paulo. 

Com o projeto iniciado, foi necessário buscar uma maneira de tornar possível o acompanhamento pela sociedade de uma obra dessa magnitude que, além de não haver ainda a Lei de Acesso à Informação, consistia em obra de grande complexidade, basicamente de tubulações enterradas e, portanto, invisíveis aos olhos dos cidadãos. 

Face a essa situação, a equipe da SOS Mata Atlântica da época, considerando que os rios são espelhos da sociedade e nos contam tudo o que acontece numa bacia hidrográfica, concluiu que o próprio rio Tietê é que iria mostrar se as obras estavam acontecendo conforme programadas. 

Assim, para o acompanhamento das obras e das etapas do Projeto Tietê, nada melhor do que a observação do rio. Surgiu então, em 1993, a partir da legislação vigente – na época, Resolução CONAMA 20 (Conselho Nacional de Meio Ambiente), hoje atualizada para Resolução CONAMA 357/05 –, o Observando o Tietê, um trabalho de acompanhamento da situação do rio feito pela população. 
Para que esse acompanhamento pudesse ser feito por pessoas leigas, a SOS Mata Atlântica reuniu nomes da academia, como Samuel Murgel Branco, Ben-Hur Luttembarck Batalha e Aristides de Almeida Rocha, que criaram a metodologia para se realizar a análise da qualidade da água, em conformidade com a lei, de uma forma simples e bastante eficiente. 

Desde então, a metodologia criada para monitorar o Tietê vem mobilizando a sociedade para olhar com mais atenção para os rios da Mata Atlântica. Em 2015, a SOS Mata Atlântica firmou parceria com a empresa Ypê, que possibilitou a expansão do trabalho para os 17 estados brasileiros que têm Mata Atlântica e, então, a metodologia do Observando o Tietê passou a se chamar Observando os Rios. 
O Observando os Rios é um trabalho de educação ambiental, de mobilização social e de ciência cidadã, realizada antes mesmo desse termo se popularizar. E, assim como todas as ações da SOS Mata Atlântica, é um instrumento de incidência política, dado que a Água Limpa é uma das causas prioritárias da Fundação. A água está diretamente ligada à conservação da Mata Atlântica, à sustentabilidade dos ecossistemas, à saúde e às atividades econômicas e culturais da população que vive no bioma. Foi assim que a SOS incorporou a água como causa em seus projetos, estatuto e missão. Todos os dados levantados e as informações produzidas passaram a ser sistematizados, armazenados e disponibilizados à sociedade por meio eletrônico, no portal da organização.
Atualmente, o Observando os Rios conta com uma rede de cerca de 2.700 voluntários e voluntárias, reunidas/os em 178 grupos de monitoramento, em 99 municípios, analisando 215 pontos de coleta, em 178 rios, em todos os estados brasileiros que possuem Mata Atlântica. 

Toda essa história só foi possível graças a parceiras/os e patrocinadoras/es que acreditaram nessa empreitada ao longo dos anos; às/aos profissionais que dedicaram parte de sua carreira para mobilizar pessoas em prol do rio, e, principalmente, à enorme rede de voluntárias e voluntários do Observando os Rios. Foram mais de 20 mil pessoas que puderam participar e vivenciar a experiência de observar os rios de seus territórios.

Ficamos felizes com seu interesse em acompanhar a saúde dos rios e córregos do seu entorno. É fundamental o envolvimento de cidadãos e cidadãs para que, juntos, possamos reivindicar água limpa para todos

É muito importante o entendimento de que se voluntariar ao programa Observando os Rios significa comprometimento e regularidade. Iremos te ajudar em tudo o que pudermos, e, de volta, contamos com esse seu compromisso. 

Primeiramente, pedimos que entre em contato com a nossa equipe no formulário abaixo, contando quem e de onde você é e um pouco da sua história – por exemplo, se você leciona e gostaria de levar essa vivência para seus alunos; se tem outras experiências de voluntariado; e o que mais achar relevante. Além disso, aponte que corpo d’água você deseja acompanhar. 

Nossa equipe irá verificar se já existe algum grupo de monitoramento perto de você. Caso positivo, faremos a ponte entre você e as pessoas do grupo.  Importante ressaltar que só atuamos com o Observando os Rios no Bioma Mata Atlântica. Verifique se seu município está na Mata Atlântica em: www.aquitemmata.org.br.

Caso não haja grupos na bacia hidrográfica em que você se encontra, iremos avaliar a possiblidade de abrir nova frente de análise em sua área. 

Não utilizaremos suas informações de
contato para enviar qualquer tipo de SPAM.
E depois?

Havendo a possibilidade de se juntar a um grupo existente ou formar um novo, inicia-se, então, a rotina de monitoramento da qualidade da água, após uma capacitação sobre os procedimentos de análise.

Uma vez por mês, você e seu grupo deverão ir até o ponto de análise do rio, escolhido em conjunto entre o grupo de monitoramento e os técnicos da SOS Mata Atlântica. Depois, serão registrados os resultados no site do Observando os Rios, com os dados de acesso fornecidos pela nossa equipe.

É a partir dessas informações, cadastradas pelos grupos no site, que lançamos os relatórios anuais de qualidade da água nos rios da Mata Atlântica! 
Equipe da causa Água Limpa da SOS Mata Atlântica.

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