Por Mônica Ribeiro
A
agenda da água por muito tempo esteve no horizonte de Maria Luísa Ribeiro, mais conhecida como Malu, no trabalho com a SOS Mata Atlântica. Depois de um bom tempo à frente da causa de Água na organização, ela assumiu, em 2021, a área de políticas públicas e advocacy da Fundação. E sua trajetória parece estrategicamente talhada para a nova função.
Bacharel em comunicação, a jornalista que ao longo da carreira se especializou em políticas públicas, gestão ambiental e recursos hídricos, atualmente representa a sociedade civil na vaga das entidades ambientalistas do Conselho Estadual de Recursos Hídricos-SP e no Comitê de Bacias Hidrográficas dos Rios Sorocaba e Médio Tietê, colegiado em que exerceu a vice-presidência por três mandatos. É também membro do Grupo Executivo do Observatório de Governança da Água (OGA); do GWP Brasil (Parceria Brasileira pela Água) e do CONSOC (Conselho da Sociedade Civil) no BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Às vésperas das eleições que definirão os rumos das políticas ambientais do país e seu lugar no ambiente internacional – o Brasil foi do protagonismo à irrelevância e exemplo a não ser seguido nos últimos anos –, Malu identifica como grande desafio fazer com que meio ambiente - especialmente, as agendas de clima, água, proteção e restauração da floresta e áreas protegidas - sejam prioridade na agenda estratégica do país.
“Precisamos mostrar como o modelo atual de governo e a composição do Congresso Nacional colocou o Brasil na contramão, com muitas pautas de desmonte socioambiental. As consequências desses erros político-administrativos são sentidas na perda de vidas humanas, de nossos patrimônios naturais, no impacto às florestas, à água e à biodiversidade. Temos que virar essa página trágica da nossa história.”
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Foto: Arquivo Pessoal