por Marina Vieira
Há menos de um mês de distância da conferência das Nações Unidas para mudanças climáticas, a COP27, começa em 7 de dezembro em Montreal, no Canadá, a 15ª Conferência das Partes (COP15) da Convenção de Diversidade Biológica (CDB), também conhecida como COP de Biodiversidade. A SOS Mata Atlântica, que
esteve na COP27, também participará desta outra conferência da ONU sobre a natureza, igualmente necessária para garantir a sustentabilidade da vida na Terra.
Luis Fernando Guedes Pinto, diretor executivo da Fundação, e Diego Martinez, líder da causa de
áreas protegidas, irão acompanhar os debates desta que é a conferência mais importante da década para a biodiversidade.
A expectativa sobre a COP15 é que ela gere um "Acordo de Paris" para a biodiversidade, isto é, um compromisso ambicioso em escala global para conter a perda de áreas naturais, de espécies, diversidade genética, serviços da natureza e tudo o mais que está incluso no
conceito de biodiversidade. Isso porque neste ano os líderes das 193 nações signatárias da CDB irão definir os chamados
marcos pós-2020, fechando as
metas assinadas em Aichi e estabelecendo novos compromissos para 2030, mirando num 2050 em que a humanidade viva "em harmonia com a natureza".
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O novo
Marco Global de Biodiversidade (do inglês, Global Biodiversity Framework, ou GBF) deve estabelecer, entre outras, a meta de proteger 30% das áreas naturais do mundo até 2030. Este é um dos pontos ainda em debate sobre os quais os negociadores deverão entrar em consenso até o final da conferência, a fim de definir se os 30% serão calculados para o mundo todo ou para cada país, e como garantir que a criação dessas áreas protegidas não entre em conflito com direitos dos povos e comunidades tradicionais.
Também terá grande destaque na COP15 a temática de restauração de ecossistemas, em diálogo com a Década da Restauração estabelecida pelas agências de meio ambiente e alimentação da ONU. Para biomas como a Mata Atlântica, que já perderam a maior parte de sua cobertura original, é preciso ir além da proteção das áreas restantes e direcionar esforços também para a
recuperação do que já foi perdido.
>> Acompanhe os canais da SOS Mata Atlântica para saber mais da nossa participação na COP15.