ICMBio completa 16 anos
28 de August de 2023
Desde 28 de agosto de 2007, o Brasil tem um órgão específico responsável pela gestão, proteção, manejo, pesquisa, monitoramento, fiscalização e uso público das
Unidades de Conservação federais, importantes espaços que abrigam a rica biodiversidade, a paisagem, a cultura e gigantescos patrimônios do país. O instituto, que homenageia em seu nome o seringueiro e ativista Chico Mendes, é uma autarquia do governo federal vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, criado durante a primeira gestão da ministra Marina Silva. Sua missão institucional é
formular e implementar políticas públicas para proteger o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável nas diferentes categorias, tais como parques, áreas de proteção ambiental ou estações ecológicas e certificar áreas privadas, as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).
As Unidades de Conservação (UCs) são importantes para a manutenção dos ecossistemas e, em um bioma tão rico em termos de biodiversidade e tão desmatado quanto à Mata Atlântica, são cruciais para diversas espécies da flora e fauna. Além disso, mantém estoques de carbono, freiam o desmatamento, contribuem para a estabilidade climática e para o bem-estar da população ao proverem água, produtos florestais e oportunidades de visitação e reconexão com a natureza que mobilizam mais de 20 milhões de pessoas ao ano.
Apesar da importância para o país, as Unidades de Conservação ainda carecem de apoio de diferentes setores da sociedade. Por entender o grau de importância e para fortalecer essa agenda, a Fundação SOS Mata Atlântica, que tem a
valorização das áreas protegidas como uma de suas causas prioritárias,
apoia o poder público há mais de 30 anos e é parceira do ICMBio desde a sua criação, há 16 anos.
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Reserva Biológica do Atol das Rocas. Foto: Acervo SOSMA.
A SOS Mata Atlântica foi pioneira em um projeto para angariar recursos privados para um fundo voltado à manutenção de um precioso patrimônio natural público protegido pelo ICMBio, a
Reserva Biológica do Atol das Rocas. Este modelo de parceria de longo prazo continua até hoje e o sucesso desse projeto inspirou outras iniciativas com o envolvimento de doadores, pessoas físicas e jurídicas – tal como uma doação anônima para constituição de um fundo voltado para a proteção dos manguezais e gestão da
Estação Ecológica Guanabara e Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapi-Mirim e uma grande parceria com a Fundação Toyota do Brasil para apoiar a
Área de Proteção Ambiental da Costa dos Corais. Ademais, temos outros fundos específicos graças à Klabin e Instituto Humanize para apoiar o
Parque Nacional da Serra da Bocaina e
APA de Cairuçu, e à Foxton do Brasil direcionado ao
Parque Nacional do Itatiaia, o primeiro parque nacional brasileiro.
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Vista para o Pico das Agulhas Negras no Parque Nacional do Itatiaia. Foto: Marina Vieira.
na esfera federal, distribuídas por todas as regiões do bioma, que já contaram com algum tipo de apoio da Fundação SOS Mata Atlântica. Essas iniciativas mostraram que é possível estabelecer parcerias e direcionar recursos privados para fins públicos, com o objetivo de acelerar a implementação dessas áreas, conservar a biodiversidade e sobretudo contribuir para ampliar a visitação e aproximar a sociedade das suas Unidades de Conservação. Esses resultados só foram possíveis com o envolvimento de diversos parceiros, pelo que agradecemos, e esperamos que essas iniciativas possam inspirar mais e mais pessoas e empresas a se engajarem nessa missão de defesa da vida na Mata Atlântica.
Parabéns, ICMBio! Muito sucesso na gestão e conte com a Fundação SOS Mata Atlântica para contribuir para fortalecer essa causa tão nobre!
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APA Guapi-Mirim. Foto: Acervo SOSMA.