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23 de August de 2025
O primeiro mutirão da COP30, a Conferência do Clima da ONU que acontece este ano, no Brasil, foi realizado neste sábado (16/08), na Serra do Vulcão, em Nova Iguaçu (RJ). Puxado pela Jovem Campeã Climática da COP30, Marcele Oliveira, ela mesma uma "cria de Realengo", outra zona periférica da região metropolitana do Rio de Janeiro, o mutirão reuniu jovens ativistas para plantar mudas nativas da Mata Atlântica, trocar ideias e aprender com experiências de ação climática. A atividade contou com o apoio da Fundação SOS Mata Atlântica.
Marcele conta do contexto urbano em que cresceu, onde a luta por um espaço verde foi negligenciada por anos. A conquista do espaço a fez entender que a mata na verdade era parte do seu dia a dia, mas não era vista porque o seu entorno estava lotado de concreto. "Fazer essa transição e entender que a Mata Atlântica existia não só em Realengo, mas em todos os lugares do Rio de Janeiro, foi muito importante pra mim. Foi o que me fez ser ativista climática, porque eu acredito que a justiça climática é todo mundo poder ter acesso ao verde, não importa onde você esteja", declara.
Marcele com "o menino que planta", Alexandre Bensabet Filho. Foto: Marina Vieira.
No mutirão, conhecemos o trabalho de educação ambiental e restauração do Instituto EAE, que tem como lema "eles queimam, nós plantamos". Brigadistas voluntários que combatem incêndios florestais também contaram dos desafios de estar na linha de frente da ação climática, que, como definiu Marcele, "parece muito mais com isso aqui do que com a Conferência do Clima".
No entanto, ela explica, está tudo conectado: decisões internacionais influenciam o local, e é nas soluções locais que vamos encontrar as respostas para este grande desafio.
Leia mais sobre a ação no site oficial da COP30.
Texto: Marina Vieira. Foto de capa: Rafael Medelima / COP30.