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10 de December de 2020
O programa Observando os Rios conta com 3.500 voluntários e faz coletas mensais em 343 pontos diferentes em 17 estados e no Distrito Federal. Nessas coletas, são analisados 16 parâmetros, dentre eles: temperatura, lixo flutuante, odor, oxigênio e quantidade de peixes.
Os dados são, então, encaminhados para o portal do programa Observando Rios, onde a qualidade da água pode ser medida por estado, por bacia hidrográfica, entre outros recortes espaciais; e todos os anos a ONG fornece os resultados anuais no Relatório “O retrato da qualidade da água nas bacias hidrográficas da Mata Atlântica”.
entre investimento em saneamento e a qualidade da água; bem como se há uma relação entre o número de internações e óbitos locais com o estado dos rios.
O próximo passo foi implementar, então, o Azure Machine Learning (aprendizado de máquina), um subconjunto de algoritmos de Inteligência Artificial, para treinar modelos preditivos da qualidade futura da água.
O sistema avalia os rios com no mínimo dois anos de dados de coleta e calcula sua pontuação para qualidade da água futura entre 14 (pontuação mínima) e 42 (pontuação máxima), com erro médio de 2,71. Assim, a SOS Mata Atlântica consegue indicar a probabilidade de a qualidade da água estar classificada entre péssima, ruim, regular, boa ou ótima no próximo ano ou em até 5 anos.
A sub-bacia Coruripe, por exemplo, apresentou uma melhora na qualidade de 10,6% nos últimos 4 anos - nos seus 2 pontos de coleta ativos nos rios Coruripe e Adriana - e tem previsão de estar classificada como boa até 2021.
“Temos uma equipe de voluntários muito engajada na sub-bacia de Coruripe. Com eles, pudemos enxergar efetivamente o resultado do trabalho de coleta de amostras dos rios, bem como o incentivo e a cobrança por tomadas de decisões pelos cidadãos podem auxiliar na melhora da qualidade dos rios próximos a eles. Agora, temos uma oportunidade única de somar os esforços desses voluntários com o poder de análise preditiva da IA, aumentando ainda mais o potencial de contribuição desse projeto para a definição de agendas públicas de saneamento e preservação de mananciais”, comenta Gustavo Veronesi, coordenador do Observando os Rios.
Com a indicação da previsão da qualidade da água nos pontos de observação com os dados históricos – além do próprio acompanhamento de técnicos, pesquisadores e da sociedade –, também se cria mais subsídios para entender os fatores que exercem maior peso em relação à medição da qualidade da água.
“Temos um compromisso com a sustentabilidade e com a preservação do meio ambiente globalmente. A água é o principal ativo para a sociedade e essencial para a vida. Presenciar a utilização da Inteligência Artificial para a melhoria da qualidade de água em bacias hidrográficas de todo o país pela SOS Mata Atlântica, só reforça o potencial transformador dessa tecnologia e que, quando usada da forma correta, pode impulsionar as mais diferentes iniciativas”, afirma Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil.
“É um privilégio para a SOS Mata Atlântica fazer parte do programa AI for Earth e poder contar com a maior empresa de tecnologia do mundo entre seus parceiros estratégicos. Esta iniciativa foi capaz de unir a melhor tecnologia ao maior programa de monitoramento voluntário de água, justamente num bioma que é um dos mais ameaçados e mais biodiversos do planeta”, afirma Olavo Garrido, diretor financeiro e de parcerias da ONG.O trabalho tem um impacto e um potencial ainda mais positivo ao analisar que o país detém 12% de toda a água
potável do mundo e 53% quando relacionado à América Latina, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA).
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“Este é o início de um trabalho que tem muito a evoluir. Por isso precisamos do apoio dos mais diversos agentes para que possamos ter dados mais qualificados sobre a qualidade das águas e com maior abrangência territorial. Nosso objetivo é estar ao lado da SOS Mata Atlântica na expansão do projeto, para, a partir da qualificação dos dados e de sua extensão temporal e territorial, podermos melhorar a performance do algoritmo, gerando insights mais diretos sobre a tendência de qualidade das águas e os fatores que podem ser atuados para melhorar a qualidade dos rios, de forma que toda população possa apoiar na mudança de hábitos para termos rios mais limpos e um ecossistema mais equilibrado”, diz Gabriel Renault, sócio-diretor da EloGroup.O projeto em parceria com a SOS Mata Atlântica se conecta diretamente ao compromisso ambicioso assumido pela Microsoft para se tornar positiva para o consumo de água em suas operações diretas até 2030. A empresa está lidando com o consumo de água de duas maneiras: reduzindo a intensidade do uso de água – ou a água usada por megawatt de energia em suas operações – e reabastecimento nas regiões com escassez de água em que opera ao redor do mundo. Isso significa que em 2030 a Microsoft irá repor mais água do que consome globalmente.
Saiba mais sobre a atuação da SOS Mata Atlântica no tema água
Além disso, em 2020, a Fundação SOS Mata Atlântica lançou o aplicativo dos voluntários do projeto Observando os Rios. Agora, os grupos de monitoramento conseguem de forma ágil e prática alimentar o banco de dados da Fundação com as análises que realizam mensalmente em rios e córregos dos 17 estados da Mata Atlântica. Veja as últimas análises publicadas pelos voluntários no site da iniciativa.